sábado, 14 de novembro de 2009

Casamentos, Barcos e Coisas Afim

"Casamentos são como barcos, ficam em cima d'água enquanto ninguém faz nada de errado" (by Natsume)


Todo o mundo humano se preocupa com a aparência, fato. Homens e mulheres passam horas e horas na academia, fazendo musculação e aeróbica para ter o famoso e semi-inalcançável "corpo ideal". A vaidade não para por aí: já famosa entre as mulheres, a cirurgia plástica está conquistando cada vez mais homens. O número de lipoaspirações em pessoas do sexo masculino tem aumentado consideravelmente nos ultimos anos, os mesmos homens que fazem a sobrancelha, passam base nas unhas e podem passar horas na frente do espelho arrumando o cabelo e fazendo pose. Uma coisa que adimiro muito neles, pois a sociedade está igualando homens e mulheres cada vez mais e eles provam que podem cuidar mais da aparência sem deixar de lado sua masculinidade.

Homens e mulheres se produzindo não só para si mesmos, mas principalmente para a vida conjugal. Todos se preparando para o par perfeito e para iniciar a linda viagem de barco no mar do casamento.
Na época da cerimônia é ainda mais acentuada a preocupação. Incluindo dieta de líquidos, ficar sem comer por um mês, passar sete vezes por semana na academia, duas horas por dia no salão de beleza tratanto cabelo e pele e mais as reuniões com a organizadora e a psicóloca (essencial para uma rotina tão louca de noivos)

A festa de casamento é maravilhosa, a lua de mel é mais do que um sonho e tudo que os pombinhos vêem são rosas. Eles serão o próximo casal a entrar em seu lindo e simples barquinho e navegar pela eternidade do amor.

A viagem começa em um mar calmo, quase sem ondas e com lindos peixes. O tempo continua passando e os pombinhos começam a esquecer aquela amiga deles do passado: a vaidade.
Passam anos, talvez uma década e banhas vão aparecendo, peles vão secando, peitos vão caindo e, em resumo, o barco vai furando. Eles olham para as fotos do casamento e até chegam a pensar "nossa, como éramos bonitos naquela época!", mas muitos deles não fazem lá muita força para voltar para aquela aparência. Os pais falando para os filhos "nossa, seu(a) pai (mãe) era tão lindo(a)! Vem ver as fotos para ver como era diferente!" enquanto o outro está jogado no sofá tomando uma cerveja enquanto vê televisão.

Nessa época a atração diminui, a magia acaba. Vemos o príncipe encantado virar um sapo e a princesa virar uma bruxa até que chegamos ao divórcio. A preguiça e a falta de vaidade chegaram ao extremo e o barco afunda.

Talvez, se os cônjuges se preocupassem mais com a aparência depois do casamento, não relaxassem da academia depois que já haviam alguém para a vida, as coisas seriam melhor. Nesse ponto os humanos são iguais às garças japonesas: na época de acasalamento os machos fazem uma dança belíssima na neve para conseguir a parceira, mas depois nunca mais a repetem.

PS. Isso é uma opinião da autora do texto e do blog. Também não estou generalizando, sei que muitos (ou talvez a maioria) dos casamentos não acabam por esse motivo e sim por situações muito mais pessoais.

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Genteee, passei muito tempo sem postar porque o colégio está engulindo meu tempo inteiro!
Eu estava pra fazer esse texto à algum tempo, espero que gostem!

Muitos beijos, Natsume (L)