terça-feira, 3 de setembro de 2013

A vida da Faculdade

   Andava lendo alguns textos meus antigos e caiu a ficha: eu cresci. Não sou mais aquela menina com medo da faculdade, não me escondo tanto de grupos sociais e não fujo mais TANTO das minhas dificuldades.
   Não sei se foi quando eu aprendi a dirigir, quando dormi pela primeira vez na casa do namorado, quando comecei a trabalhar voluntariamente ou a junção de tudo isso e muito mais que me empurrou da fase de adolescente para uma mais perto de uma adulta.
   Podem colocar a culpa na minha crise dos vinte anos (falta menos de um mês agora) ou dizer que é mais uma viagem minha, mas hoje me dei conta de muito do que aconteceu nesses quase três anos de faculdade.
   O primeiro fato? Ter começado a cursar Farmácia nunca foi um erro, não foi um atraso na minha vida. Foi um pequeno desvio que tomei para conhecer muito sobre a saúde, pessoas maravilhosas e, principalmente, uma parte de mim que eu desconhecia. Se eu não estivesse na Farmácia, talvez eu nunca tivesse conhecido o Patas Dadas e, com isso, provavelmente não teria a oportunidade de me engajar na proteção de animais abandonados e, se eu não tivesse feito isso, é provável de que nunca tivesse percebido que o meu caminho seguia para a Veterinária. Mais ainda, eu aprendi a meter a mão na massa no canil, a aceitar as adversidades e dar o máximo de mim para aqueles cães que estariam perdidos sem os voluntários.
  Agora a Veterinária, ah a Veterinária! Eu nunca imaginei a sensação maravilhosa de entrar em contato com os animais do campo, de alimentar vacas e cavalos, de ter um cordeirinho mamando no meu dedo... são tantas experiências novas, tantos prazeres simples que eu desconhecia e tanto trabalho árduo pela frente. 
   Hoje, depois de tantos solavancos e tombos nesses semestres de faculdade, ganhei meu primeiro salário. É o primeira vez que tenho alguns (não muitos, mas especiais) reais pra chamar realmente de meus. Percebendo que isso foi fruto de muito esforço, e não de mesada de papai e mamãe (os cupcakes não contam pois eram eles que compravam os ingredientes), vi a evolução que eu tive nesse tempo todo.
  A garotinha está crescendo a cada dia, a cada experiência e a cada conquista. Agora ela não vai parar nem voltar atrás até virar uma mulher.

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